11 principais tendências de alimentos para 2020

Se existe um setor para ficar de olho em 2020 é o alimentício. Novas tecnologias, ingredientes diferenciados, e técnicas de produção mais saudáveis para o consumidor e para o meio ambiente, por exemplo. Alguns especialistas, como o Whole Foods Market e Brasil Food Trends, elencaram as principais tendências de alimentos no que diz respeito a fornecimento de produtos, preferências do consumidor e em serviços.
De modo geral, todas os palpites apontam para uma busca por hábitos mais saudáveis.
As 11 principais tendências de alimentos para 2020
1. Agricultura regenerativa
Desde os agricultores ao consumidor final, a tendência é que todas as parcelas da cadeia produtiva estejam interessadas em técnicas e consumo que impactem o mínimo possível a natureza. Assim, práticas de manejo de terra e de animais que ajudem a melhorar a saúde do solo ganham mais terreno.
O termo “agricultura regenerativa” pode abranger muitas definições. No entanto, geralmente é usado para descrever práticas agrícolas que restauram o solo degradado, melhorando a biodiversidade e com maior índice de captura de carbono. Isso tudo ajuda a criar benefícios ambientais a longo prazo, e impactar positivamente as mudanças climáticas.
2. Carne, plantas e carnes à base de plantas
Alimentos à base de plantas, também conhecidos como plant based, estão cada vez mais populares. Além das próprias versões vegetarianas, surgem opções que usam uma fração de vegetais em sua composição. Um exemplo deles é o Blended Burger Project da James Beard Foundation – o icônico hambúrguer “melhor para os clientes e para o planeta” que contém 25% de cogumelos frescos.
Além do benefício à saúde, ingredientes à base de plantas em hambúrgueres e almôndegas têm uma importante vantagem adicional: o produto fica mais econômico. Por isso, grandes marcas estão investindo em receitas com vegetais, ideal para os flexitarianos. Isso resulta em alimentos com menos gorduras e colesterol que as versões comuns.
Outra tendência que já conquistou fãs são as opções de “carnes veganas”. São hambúrgueres feitos com planta, mas com textura e sabor semelhantes à carne de origem animal. O Burguer King, por exemplo, lançou em setembro de 2019 o Rebel Whopper, o primeiro hambúrguer vegetal. A rede Mc Donald’s, por sua vez, lançou um novo sanduíche vegetariano em testes no Canadá. Em solos brasileiros, o McVeggie já faz parte do cardápio.
Dados recentes do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) indicam que o vegetarianismo e o veganismo ganham cada vez mais adeptos. De acordo com estudo realizado em 2018, 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos — são aproximadamente 29,2 milhões de pessoas. E mesmo para quem não vá excluir a proteína animal completamente da alimentação, a tendência é a redução no consumo.
3. Farinhas diferenciadas
Respondendo à demanda por opções mais saudáveis que a farinha branca, surgem no mercado farinhas feitas com ingredientes não convencionais. Farinhas de banana, couve-flor, assim como a mandioca tem sido usadas como substitutas nas dietas sem glúten.
Além de trazerem sabores criativos para cozinheiros amadores e profissionais, são alternativas para os quadros de intolerância alimentar. Estima-se que cerca de 5% das crianças e 2% dos adultos sofram desse mal, cada vez comum.
A mandioca é considerada excelente substituta para cereais como arroz, milho e trigo. Além disso, é uma farinha rica em fibras, alguns sais minerais e vitaminas.
4. Cada vez mais orgânicos na mesa
Dentre as tendências de alimentos, não é novidade que os alimentos orgânicos trazem muitos benefícios à saúde. Desse modo, a aposta é que o consumo desse tipo de alimento seja mais recorrente. Assim, carnes, frutas e verduras com menos agrotóxicos, resíduos e impactos ambientais tendem a ficar mais populares.
No Brasil, a questão esbarra ainda no preço desses alimentos, o que dificulta o acesso da população. Ainda assim, com maior procura, é possível que eles se tornem mais competitivos.
5. Tendências de alimentos vegetarianos além da soja
O tofu e os alimentos à base de soja não serão as únicas opções no mercado de proteínas à base de plantas. Alguns produtos incorporam feijão, cânhamo, abóbora e sementes como substitutos da soja. Não apenas em opções de carnes vegetarianas: as manteigas também ganham novos insumos, como as nozes, amendoins, grão de bicos, e sementes. A pasta de castanha de caju é uma das queridinhas nesse cenário.
6. Snacks para ter na geladeira
Com a velocidade da rotina moderna, o grupo dos snacks aumenta e alcança também a geladeira. A nova geração de lanchinhos inclui opções muito além das barras de granola e cereais. Entre os lanches saudáveis e frescos, algumas novidades inusitadas: legumes em conversa, sopas para beber, variedades de molhos e até ovos cozidos com coberturas. Tudo isso em porções ideais, embalagens simples e convenientes.
7. Novos tipos de açúcar
O amor pelo doce não ficou de fora da lista de tendências de alimentos. Mas os açúcares, agora, têm novas fontes. Seja para cozinhar, assar ou adoçar um suco ou café, a aposta traz reduções de xaropes diferenciados. Os ingredientes incluem romãs, coco e tâmaras, por exemplo.
Acrescentam à lista, ainda, xaropes de sorgo e batata doce, com sabores semelhantes ao mel ou melaço. Uma das novidades mais comentadas é o Swerve, com zero calorias, que combina eritritol com ingredientes de frutas e vegetais. O resultado é um adoçante disponível nas versões granular, de confeiteiro e marrom.
8. Alimentos da África Ocidental
Inegavelmente, a busca por ingredientes diferenciados fará parte do próximo ano. Assim, os sabores da África Ocidental entram em cena em alimentos e bebidas. Portanto, ingredientes tradicionais da região como amendoim, gengibre, cebolas, malaguetas, tomates e erva-cidreira tendem a aparecer mais nos pratos.
Apesar de riqueza cultura da culinária da África Ocidental, cada um com suas próprias especialidades, as 16 nações compartilham alimentos semelhantes. Moringa e tamarindo, sorgo, grão de fonio, teff e milheto de cereais menos conhecidos, por exemplo, podem ser novidades nas mesas de outros continentes.
9. O novo menu infantil
Com toda a certeza esse é um público cada dia mais exigente. Não é a toa que as competições infantis de culinária aumentam e ganham mais público. Dessa forma, se as crianças estão mais preparadas para as cozinhas, as cozinhas devem se preparar melhor para as crianças. Até 2026, estima-se que 80% dos millennials terão filhos e esses pais criarão filhos mais aventureiros na cozinha.
Para uma nova geração de verdadeiros “foodies”, o desafio é conciliar sabor e saúde para os paladares jovens e sofisticados. Nesse sentido, abrem-se espaços para alimentos com sabores umami, massas coloridas e divertidas. É uma das tendências de alimentos para os adultos ficarem de olho também.
10. Bebidas com 0% de álcool
Alternativas não alcoólicas prometem invadir as prateleiras de bebidas em restaurantes e supermercados. Isso porque os consumidores estão mais conscientes em relação ao consumo álcool, seja pelos efeitos imediatos ou a longo prazo. As bebidas recriam os sabores dos drinks e coquetéis, com alternativas de destilação sem álcool.
11. Tecnologias para o delivery
O pedido de comida por delivery não é mais nenhuma novidade entre os fãs de gastronomia. O que surpreende entre as tendências de alimentos é o uso de novas tecnologias para facilitar e dinamizar esse processo.
Entre as grandes apostas para o próximo ano estão os pedidos por comando de voz e uso de data delivery, por exemplo. Fazer os pedidos usando a fala será uma atividade cada vez mais frequente. Isso, porque novas tecnologias permitem maior exatidão e assertividade nos pedidos. Essa novidade estará presente tanto nos totens, onde os clientes farão pedido, assim como nos sistemas de atendimento ao delivery. Nesse último, o cliente poderá falar seu pedido para um sistema automatizado que transmite em tempo real ao restaurante.
Como grande parte das entregas são feitas de maneira terceirizada, a análise e coleta de dados entra na jogo para efetuar de maneira mais ágil as operações de entrega. É uma vantagem competitiva que envolve desde relações com frotas, viabilizando agilidade nas entregas, assim como outros ramos do negócio, incluindo atendimento ao cliente, marketing e branding.
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