Alergia alimentar em crianças: o que você precisa saber
Coceira, tosse, inchaço, falta de ar e vômito. Esses são alguns dos principais sintomas da alergia alimentar em crianças ou adultos. Essa reação do sistema imunológico não é rara. Estima-se que 6% das crianças e 3,5 % dos adultos brasileiros têm alergia a um alimento específico. Esses casos, aliás, vêm crescendo e se tornando mais persistentes.
A alergia alimentar pode aparecer em qualquer idade e persistir durante toda a vida. Mas será que dá para evitar o aparecimento de alergias alimentares em crianças? Entenda, então, um pouco mais sobre o tema.
O que é alergia alimentar?
Em suma, a alergia alimentar é uma reação do sistema imunológico quando o organismo identifica um alimento como perigoso. Como os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, assim como a sua gravidade, é sempre importante ficar atento a eles.
O que causa?
Qualquer alimento pode causar alergia. Mas cerca de 90% das reações ocorrem devido a ingestão dos seguintes alimentos: leite, soja, trigo, ovo, amendoim, peixes, crustáceos e tipos de castanhas.
No Brasil, encontramos ainda muitos casos de alergia a alimentos como milho, banana e mandioca, por exemplo. Além disso, há a síndrome látex-fruta. Isso ocorre porque proteínas presentes em frutas (como mamão, figo, banana, abacate, kiwi e melão) têm estrutura semelhante às do látex e podem causar reações alérgicas.
O leite materno pode causar alergia?
Não existe alergia ao leite materno. O que pode acontecer é a mãe ingerir algum alimento que cause reações no bebê. Um exemplo é o leite de vaca, um dos alimentos que mais causa alergia nos pequenos.
Presença de sangue nas fezes, refluxo e irritabilidade são alguns dos sinais de alergia nas crianças. Caso isso aconteça, procure um médico para que ele possa diagnosticar e indicar o tratamento correto. Se a alergia for confirmada, a mãe não precisa suspender a amamentação. O tratamento mais indicado é retirar o alérgeno alimentar da dieta da mulher.
Por fim, vale lembrar que a introdução precoce a outros leites antes dos seis meses aumenta as chances de cólicas e do desenvolvimento de alergias e/ou infecções.
Como diagnosticar alergia alimentar em crianças?
O diagnóstico deve ser feito sempre por um médico. Ele irá verificar o história do paciente, fará exame físico e, se achar necessário, poderá pedir outros testes complementares para auxiliar no diagnóstico.
A demora no diagnóstico pode levar a graves consequências para a saúde e qualidade de vida das crianças e adultos. Saiba mais sobre o diagnóstico aqui.
É possível prevenir?
Infelizmente, não. Grande parte das alergias tem relação hereditária. Famílias com um ou os dois pais alérgicos (mesmo que não sejam alergias alimentares) têm mais chance de ter um filho com alergia alimentar. A probabilidade também aumenta se um outro filho tem alergia alimentar.
Dieta “preventiva” na gravidez e amamentação não são indicadas. Na verdade, quanto mais variada é a dieta materna, menor a chance de o bebê desenvolver alergias alimentares. A retirada de alimentos da dieta da mãe somente deve acontecer com orientação de um profissional de saúde em caso de suspeita de alergia alimentar.
Existe tratamento para alergia alimentar em crianças?
O único tratamento é a exclusão do alimento que causa alergia. Assim, para evitar impactos negativos à saúde, recomenda-se o acompanhamento com nutricionista e médico. Principalmente se o diagnóstico for feito em bebês pequenos – ao completarem 6 meses.
Não há razão para ter medo de dar os alimentos que a família consome, somente não devem ser oferecidos aqueles que causam reações nos pequenos.
Tem informação no rótulo?
Por fim, a principal orientação é não consumir nada que contenha ou possa conter o alimento que causa reações alérgicas. No caso dos ultraprocessados, o rótulo trará a informação “ALÉRGICOS: CONTÉM (NOME DO ALERGÊNICO)”, “ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE (NOME DO ALERGÊNICO)” ou “ALÉRGICOS: CONTÉM (NOME DO ALERGÊNICO E DERIVADOS)” para destacar os 20 alimentos que causam alergias dentre os seus ingredientes. São eles: leite, soja, ovo, trigo, centeio, cevada, aveia, crustáceos, peixe, amendoim, amêndoa, avelã, castanha de caju, castanha do brasil ou do pará, macadâmia, nozes, pecã, pistache, pinoli e castanhas. Caso um desses ingredientes possa estar presente na composição do produto, mesmo não sendo o ingrediente principal, a embalagem trará a informação “ALÉRGICOS: PODE CONTER (NOME DO ALERGÊNICO)”.
Na Liv Up, informamos em nosso site e em embalagens todos os ingredientes que compõem aquele alimento. Além disso, informamos quando há ingredientes que podem causar alergia. Assim, você consome nossas opções saborosas sem perigo, certo?
Por fim, se você quer saber mais sobre o assunto, temos um post com dicas para te ajudar a identificar sintomas de intolerância alimentar.