Tudo sobre cafeína: onde encontrar, efeitos e como consumir

Muita gente não vive sem ela, a cafeína. Este poderoso estimulante do nosso sistema nervoso central é bem conhecido pelo seu superpoder: nos deixar alerta. E engana-se quem acha que a substância é sinônimo apenas de café. Apesar de fazer parte da composição da bebida mais amada do brasileiro, ela se faz presente também em chás, suplementos, medicamentos e até mesmo no chocolate, sabia?
Ah, e além da sensação revigorante ao bebermos o tradicional cafezinho, a cafeína apresenta diversos outros benefícios para a saúde, como ajudar a acelerar o metabolismo e combater o cansaço. Mas sem excessos – isso porque o exagero no seu consumo pode desencadear diversos problemas e, em casos extremos, até levar ao óbito.
A seguir, te explicamos tudinho sobre a substância, quais os aspectos positivos para a saúde, quais as quantidades indicadas diariamente e as consequências do seu abuso.
O que é cafeína?
Do ponto de vista químico, essa molécula alcalóide é chamada de um nome bem diferente,
1,3,7-trimetilxantina, e é representada pela fórmula molecular C8H10N4O2.
Já num português mais claro e acessível, estamos falando de um composto estimulante que recebe esse nome por ter sido identificado originalmente no café. Quando consumimos essa substância, ela é levada pela corrente sanguínea e transportada até o cérebro – onde atua como um psicoativo.
Aliás, ela é capaz de influenciar diversos fatores que muito provavelmente você já testemunhou durante o consumo: o humor, capacidade de raciocínio e o estado de alerta.
Para que serve a cafeína?

É considerada tanto um aditivo alimentar como uma droga. Sim, a cafeína é considerada a droga lícita mais consumida no mundo, estando presente em diversos medicamentos como antigripais e comprimidos para dor de cabeça, por exemplo, ou sendo vendida na forma de cafeína em cápsula. Ela ajuda no combate à sensação de cansaço, além de contribuir para uma melhor absorção e efeito de analgésicos.
A seguir, listamos alguns dos benefícios da cafeína e usos mais comuns:
Estimular a função cerebral
A cafeína estimula a ação dos neurotransmissores no cérebro, afetando os receptores de adenosina (que tem um efeito contrário ao da adrenalina). Existem pesquisas que apontam que o seu consumo pode melhorar a habilidade de raciocínio e combater a perda de capacidade mental ligada ao envelhecimento.
Combater o cansaço
Além desse poder estimulante, o café também contém propriedades antioxidantes benéficas. Sendo assim, pode ser usado para combater o cansaço físico e mental, além de atuar na prevenção de doenças.
Impulsionar o desempenho físico
Não é à toa que ela faz parte de diversos suplementos esportivos. Sua ação termogênica ajuda a potencializar o desempenho durante a prática de atividade física, podendo também reduzir a fadiga ao longo dos seus treinos.
Dar uma força para o metabolismo
Graças ainda à ação termogênica, a cafeína pode ser aliada do bom funcionamento do metabolismo. Assim, além de atuar no desempenho, ajuda a elevar a geração de calor nas células – o que resulta em queima de gordura.
Quais os efeitos colaterais da cafeína?
Apesar dos vários pontos positivos, vale lembrar que a cafeína tem potencial viciante e algumas contra indicações. Ou seja, nada de exagerar na dose, caso contrário é possível ter efeitos colaterais como:
- Aumento do batimento cardíaco e palpitações;
- Refluxo, sensação de ardência e distúrbios gastrointestinais;
- Nervosismo, ansiedade e inquietação;
- Espasmos musculares;
- Pensamento e discurso descoordenado;
- Desidratação pelo efeito diurético;
- Insônia;
- Dores de cabeça;
- Aumento da pressão sanguínea;
- Úlceras estomacais;
Em casos realmente muito extremos, o abuso da cafeína pode até mesmo levar a paradas cardiorrespiratórias, coma e a morte.
Quanto de cafeína tem no café?
Depende do tipo de café consumido. O tradicional cafezinho passado fornece 40 mg da substância a cada 100ml, enquanto um espresso contém 212 mg nesta mesma porção. Vale lembrar que outros fatores influenciam na quantidade de cafeína presentes na bebida, como o tipo de grão, a torra, o tipo de café e, é claro, o tamanho da dose.
Em termos gerais, a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é consumir no máximo 400 miligramas de cafeína por dia.
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Quais outras bebidas têm cafeína?

O alcalóide está presente em mais de 60 espécies vegetais, incluindo o cacau. Sendo assim, existem diversas outras bebidas cafeinadas, entre elas:
- Chá-verde: uma porção de 240ml contém, em média, 20 mg de cafeína.
- Chá-preto: uma porção de 240 ml contém, em média, 45 mg de cafeína.
- Chá-mate: uma porção de 240 ml contém, em média, de 27 a 35 mg de cafeína.
- Guaraná: uma porção de 3 a 15g pode conter até 550 mg de cafeína.
Como cortar o efeito da cafeína?
Afinal, quanto tempo dura o efeito da cafeína? Existe alguma forma de reduzir seu efeito?
Uma das principais dicas é caprichar na hidratação, assim você minimiza o efeito “desidratante” dessa substância. Praticar atividade física também ajuda o corpo a metabolizar a cafeína de forma mais rápida. Outro ponto é evitar o consumo de fibras, pois esses alimentos tendem a desacelerar a sua velocidade de absorção.
Mas, uma vez que você já tenha consumido cafeína, o jeito é realmente esperar e evitar consumi-la pelas próximas horas. Isso porque o pico de efeito da substância acontece nas 5 horas seguintes à ingestão, e pode demorar até 40 horas para ser totalmente eliminada do corpo.
Referências
- www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16930802
- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23107346
- https://academic.oup.com/carcin/article/21/6/1157/2896318
- https://www.esalq.usp.br/visaoagricola/sites/default/files/va12-qualidade-da-bebida03.pdf
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