Castanha-de-Caju: por que ela é tão importante?
Fruto do cajueiro, uma planta originária do nosso país, a castanha-de-caju é um alimento importantíssimo tanto pra nossa cultura alimentar, quanto pra nossa saúde. Seu nome é oriundo da palavra indígena “acaiu”, que em tupi quer dizer “noz que se produz”.
A castanha-de-caju faz parte do grupo das oleaginosas e, além de ser muito saborosa e versátil, é composta por diversos nutrientes fundamentais para o corpo humano. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse patrimônio alimentar do Brasil?
De onde vem a castanha-de-caju?
Facilmente encontrado no Norte e Nordeste do Brasil, o cajueiro é uma árvore de porte médio, cuja colheita é de julho a dezembro e, em alguns casos, se estende até maio.
O que pouca gente sabe é que o verdadeiro fruto do cajueiro é a parte conhecida como a castanha-de-caju. Já o caju fresco, considerado popularmente como fruto, é na verdade uma haste carnosa, o pseudo fruto dessa árvore. São conhecidas cerca de 20 variedades de caju, classificadas segundo a consistência da polpa, o formato, o paladar e a cor da fruta.
Como consumir a castanha-de-caju?
A parte carnosa do caju é bastante consumida in natura ou como suco. Já a castanha-de-caju pode ser consumida in natura, principalmente como aperitivo, ou fazendo parte dos seus lanches intermediários.
Esse alimento é uma ótima opção de snack saudável. Você pode consumi-la sozinha ou adicionada às frutas frescas ou iogurtes. A castanha-de-caju também pode fazer parte do seu mix de castanhas, em conjunto com outras oleaginosas e frutas secas.
Além disso, a castanha pode ser ingrediente de receitas culinárias: em entradas, combinando com geleias de frutas e queijos suaves; em saladas mais elaboradas com frutas e folhas verdes; e ainda em pratos quentes, como carnes, massas, risotos e no frango xadrez, especialidade da cozinha oriental que se difundiu pelo Brasil.
Rica em nutrientes?
Com certeza! As oleaginosas, também conhecidas como frutos secos, como as castanhas, as nozes, as amêndoas e o pistache, por exemplo, são recomendadas como opções de alimentos saudáveis pelo alto valor nutricional que apresentam. Entre os nutrientes presentes na castanha-de-caju, podemos citar:
Proteínas ricas em aminoácidos essenciais: os aminoácidos são as menores partes que compõem as proteínas. Os essenciais são aqueles que o corpo não consegue produzir sozinho, por isso, precisamos ingerir através da alimentação. A castanha-de-caju possui aminoácidos essenciais em sua composição, nutrientes importantes para o crescimento e manutenção da saúde da pele, do cabelo e das unhas e também fundamental pra formação de hormônios e células de defesa do corpo;
Gorduras insaturadas (tanto monoinsaturadas quanto poliinsaturadas): também conhecidas como “gorduras do bem”, as gorduras presentes na castanha-de-caju ajudam a controlar os níveis de colesterol sanguíneo, a inibir a formação de coágulos que podem prejudicar a circulação e ainda a proteger o corpo da formação de compostos prejudiciais à saúde, chamados de radicais livres;
Magnésio: é um mineral muito importante na geração de energia para o corpo, na produção de proteínas e também no metabolismo da glicose. Em síntese, o magnésio é importante pra manter o corpo em atividade;
Fósforo: assim como o cálcio, o fósforo é um mineral fundamental pra formação e manutenção da saúde de ossos e dentes;
Zinco: com diversas funções para o bom funcionamento do corpo, uma das suas principais é garantir o funcionamento normal do sistema imunológico. A falta deste mineral afeta de maneira direta o número de células de defesa do corpo, os chamados glóbulos brancos.
Ferro: outro mineral presente em diversos alimentos, como na castanha-de-caju, é o ferro. Assim como os minerais citados anteriormente, é essencial para o funcionamento do corpo. Além de atuar no transporte de oxigênio no organismo, compõe enzimas que atuam no processo de respiração celular.
É importante lembrar que, apesar dos seus inúmeros benefícios nutricionais, a castanha-de-caju é um alimento calórico e deve ser consumido com moderação. Além disso, é importante optar pela castanha sem adição de sal, afinal, sabemos que o consumo excessivo de sódio, o mineral presente no sal, pode prejudicar a saúde e trazer complicações como o aumento da pressão arterial.
Onde comprar a castanha-de-caju?
De fato, a castanha-de-caju não vai faltar no potinho da sua casa. Com tantas opções de lugares pra compra, você pode avaliar preços e quantidades antes de adquirir o melhor produto. Mercados, feiras, quiosques especializados e até mesmo lojas online são algumas das possibilidades.
Por que ela é vendida torrada?
E pra produzir a castanha? Não é tão simples quanto parece. Quem é fã da castanha-de-caju já reparou que ela é vendida sempre torrada, certo? O motivo principal é eliminar uma toxina chamada urushiol, presente em uma das cascas da castanha, afinal, é composta por uma casca dupla.
Além de irritar a pele, esta substância pode ser até letal, dependendo da quantidade ingerida e da sensibilidade de cada organismo. Por essas razões, a castanha passa por um processo de aquecimento pra eliminar a toxina.
Lembre-se: tudo em excesso faz mal
Aposto que em algum momento da vida, você já escutou o bom e velho ditado: tudo em excesso faz mal. E é verdade!
Nos esportes, por exemplo, o dia do descanso é fundamental antes de retomar algum treino físico. Nas planilhas de treinamento, não é difícil encontrar o famoso day off em pelo menos dois dias por semana. Na academia, nem aquele seu amigo mais dedicado e fitness malha o mesmo músculo dois dias seguidos.
Na alimentação isso não é diferente. Pra ser consumida de maneira moderada, a porção recomendada de castanha-de-caju é de 10g ao dia, o equivalente a cinco unidades, aproximadamente.
Que tal inserir esse alimento tão rico – em sabor e nutrientes – no seu dia a dia? Lembre-se: uma alimentação variada é sempre a melhor opção!
Referências bibliográficas:
Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO) – 4a. edição;
PORTAL SEBRAE, Fruticultura;
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Alimentos regionais brasileiros / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.