Comida afetiva: você já ouviu falar sobre isso?

comida afetiva

O cheirinho do bolo de cenoura feito pela avó, o sabor do feijão temperado pela mãe, a maciez do bolinho de arroz da madrinha… a comida afetiva – ou também conhecida como comfort food – nada mais é do que aquela comida que nos remete à infância, que nos faz viajar no tempo e comer com o coração. 

O que é a comida afetiva?

De forma geral, o conceito de comida afetiva é aplicado àquelas comidas simples, preparadas no conforto do nosso lar e que nos trazem essa tal memória gustativa. Junto com a primeira garfada, logo vêm os sentimentos de colo de mãe, segurança e afeto.

Segundo especialistas em gastronomia, características específicas fazem de algumas receitas verdadeiras comidas afetivas. Em primeiro lugar está o uso de ingredientes naturais, além de maior tempo e dedicação ao preparo do prato. “Não é uma comida rápida de se preparar, até porque o uso de ingredientes naturais exige mais tempo e envolvimento na preparação”, explica o gastrônomo Marcelo Neri. 

Aliás, as comidas afetivas normalmente são comidas quentes e, em geral, um pouco mais calóricas. Mas, claro, a regra principal é: remeter às lembranças e vivências de cada um. 

Por que a comida afetiva é tão importante?

O termo “comfort food”  (em português, “comida de conforto”) vem lá de 1966, quando um jornal diário dos Estados Unidos o publicou em uma história: “Os adultos, quando estão sob intenso estresse emocional, recorrem ao que poderia ser chamado de ‘comida de conforto’ – comida associada à segurança de infância”.

E é justamente aí que está sua importância. Assim, a comida afetiva pode ser um ótimo mecanismo para enfrentarmos certos sentimentos negativos. Quando consumimos um alimento que nos remete à boas memórias, nosso cérebro aciona uma sensação de prazer e de relaxamento emocional. A comida afetiva é, antes de mais nada, aquela que consola. 

Aliás, você já parou pra pensar quais são os alimentos que te confortam? Por mais que isso varie para cada pessoa, preparamos uma lista de preparações caseiras e afetivas pra você relembrar:

Para um café da manhã ou lanche da tarde cheios de lembranças: 

  1. Pão de queijo: impossível não lembrar dos cafés da manhã aos finais de semana.
  2. Pão caseiro: acordar com o cheiro de pão quentinho, saindo do forno…  
  3. Misto quente: pra relembrar os tempos em que sua mãe transformava a casa em uma verdadeira padaria! 
  4. Pão na chapa com requeijão: a simplicidade e o sabor único da comida afetiva. 
  5. Bolinho de chuva: como não lembrar da avó em dias frios e nublados?
  6. Bolo de fubá com erva doce: com goiabada de recheio também vale pra lembrar essa época boa!
  7. Pudim de leite ou de pão: do sabor à textura, é lembrança do começo ao fim.  
  8. Gelatina colorida: relembrar as festinhas, as reuniões com os colegas de sala…   

Para um almoço ou jantar cheios de afeto e carinho:

  1. Macarronada: quem resiste a uma macarronada com molho de tomate de verdade e um queijo parmesão ralado na hora? É só reunir a família em volta da mesa e relembrar…
  2. O clássico arroz com feijão: nada mais simples, nada mais afetivo!  
  3. Torta de frango: toda família tem uma receita especial de torta. Qual é a sua? 
  4. Creme de mandioquinha: a textura é um ponto essencial da comida afetiva. Dá conforto só de pensar. 
  5. Polenta com ragu: tradição, simplicidade e sabor de infância.
  6. Canja de galinha: para os dias frios em que nos obrigam a sair de casa, porque não finalizar com uma canja pra confortar? 
  7. Creme de milho: como não lembrar dos almoços depois da escola? 
  8. Carne de panela: já dá pra sentir o cheiro bom daqui… 
  9. Lasanha a bolonhesa: pra relembrar os domingos cheios de sabor e de pessoas queridas.
  10. Bolinho de arroz: sabor de finais de semana simples e divertidos. 

Procure ficar sempre perto das suas comidas afetivas. Comer com afeto é essencial à saúde física, emocional e ao bem-estar. Preserve as receitas de sua família e o hábito de consumir alimentos de verdade!  

Referências bibliográficas

Comfort Foods: An Exploratory Journey into the Social and Emotional Significance of Food. Food and Foodways. 13: 273–97. 2005.

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