Como inserir vegetais na refeição do seu filho sem que ele perceba?

Para alguns pais, falar em incluir vegetais na alimentação dos filhos é um desafio diário e quase um pesadelo. Mas ao mesmo tempo é algo necessário, pois são ricos em minerais, fibras e vitaminas, que são fundamentais para o crescimento.

E se a resistência dos pequenos for grande, é nesta hora que a criatividade precisa ser colocada à prova. É possível elaborar sugestões de pratos coloridos e lúdicos, para agradar esses paladares para lá de exigentes.

E por que insistir tanto na introdução desses alimentos para as crianças?

Simples: é a sua ação para garantir qualidade de vida e saúde durante toda a vida. Uma dieta equilibrada, com frutas e vegetais, entregam boas quantidades de fibra.

São elas que ajudam a prevenir doenças – antes exclusivas de adultos – como diabetes tipo 2, obesidade e pressão alta, auxiliando também no bom funcionamento do intestino.

Dados do Ministério da Saúde mostram que 12,9% das crianças brasileiras de 5 a 9 anos são obesas e 18,9% dos adultos estão acima do peso.

O consumo elevado de alimentos ultraprocessados, de alto teor de gordura e açúcar, associados ao excesso de “tela” (smartphone, TV, videogame), que sempre deixam as brincadeiras de lado, são os principais responsáveis por esses números.

Como introduzir vegetais na dieta da criança

Mas como – e quando – começar a acrescentar vegetais e outros alimentos na rotina alimentar da criança? Segundo as orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), até os seis primeiros meses apenas o leite materno (e complemento, em alguns casos).

Depois disso, é possível acrescentar alimentos em formas de papinha e sopas – frutas, verduras e legumes. Caso a criança rejeite o novo alimento, a dica é não desistir. Muitas vezes os pais querem ir pelo modo mais fácil e continuam dando apenas a mamadeira como alimento.

Dessa forma, a criança não conhecerá novos sabores, dificultando todo o processo do reconhecimento dos alimentos. Para facilitar esse processo, separamos algumas dicas que vão te auxiliar nas refeições diárias com as crianças.

1 – Coloque-se no lugar da criança:

Imagine que você vai viajar para um país cuja comida é bem exótica, mas mesmo assim terá que se alimentar. Dificilmente todos os sabores vão te agradar, assim terá que ir aos poucos, experimentando os alimentos.

A criança se sente da mesma maneira, afinal, até então ela está acostumada apenas com o leite. E, de uma hora para outra, começa a experimentar novos sabores.

Nem sempre na primeira prova tudo parecerá agradável. Por isso, a palavra “paciência” terá que fazer parte do seu vocabulário – se ainda não faz.

2 – Criança com fome procura comida:

Os pequenos com fome sempre comem, então não resistirão por muito tempo. Na hora de oferecer alimentos, sempre escolha as opções mais saudáveis: os vegetais e legumes devem estar sempre presentes no almoço e jantar.

Nos lanches da manhã e da tarde, use a criatividade e deixe lanches saudáveis disponíveis. As brincadeiras demandam energia e isso faz com que procurem mais facilmente os alimentos.

3 – Criatividade na cozinha:

Compre formas divertidas para organizar os alimentos, faça montagens coloridas no prato para estimular a curiosidade e, consequentemente, o paladar da criança.

4 – Não engane a criança com os vegetais:

Esconder os vegetais entre as comidas que ela mais gosta não é uma boa opção. Isso porque ela nunca vai saber ao certo o sabor daquele alimento, criando, dessa maneira, uma repulsa justamente por ter sido enganada.

Uma dica é enriquecer as receitas com vegetais, como por exemplo, rechear uma torta de frango com tomate, ou ainda fazer um suflê de brócolis. Mas, sempre informando a criança sobre qual alimento ela está saboreando;

5 – Seja exemplo para a criança:

Por último, mas não menos importante: faça e coma aquilo que está propondo para a criança consumir na sua refeição. Que tal rechear seu prato com vegetais e comer mais saudável?

A criança não se interessará por esses alimentos, se você só comer massa e fritura. Portanto, seja uma boa referência alimentar aos pequenos. 

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