Conheça os principais tipos de adoçantes naturais e artificiais
Já reparou quanta gente vem substituindo o açúcar na alimentação? Seja por preferência pessoal ou por conta de alguma restrição alimentar e dietética. São várias os tipos de adoçantes que são alternativas à sacarose e que vem ganhando mais espaço na prateleira do supermercado, nas receitas e no gosto da população.
As opções são diversas e, entre elas, há uma grande variedade de edulcorantes – ou adoçantes, que é o nome que mais se ouve por aí. Conhecer essas possibilidades, seus pontos positivos, negativos e a melhor forma de utiliza-las pode fazer toda a diferença na hora de escolher o que é bom pra você.
Que tal, então, continuar essa leitura e se informar um pouco mais? Pra ajudar no seu entendimento, vamos separar os adoçantes em dois grupos: os naturais e os artificiais.
Quais são os tipos de adoçantes naturais?
Os produtos dessa lista são mesmo da natureza. Mas, além de terem origem basicamente nos vegetais e nas frutas, eles não passam por processos químicos que alterem sua composição e não fazem mal a saúde. A seguir, vamos falar de alguns bem conhecidos.
Estévia
Esse adoçante vem de uma planta nativa da América do Sul, a Stevia rebaudiana, que tem sabor extremamente doce. Por isso, seu poder edulcorante chega a ser 400 vezes maior que o do açúcar. Seu uso é totalmente seguro, inclusive nas preparações culinárias que vão ao forno e ao fogão como cremes, bolos e biscoitos e até são saudáveis para gestantes.
Algumas pessoas sentem um certo amargor e até um toque herbal, mas vale dizer que não são todos os tipos de adoçantes de estévia que apresentam esse residual. Este que muitas vezes vem pelo excipiente incluso em conjunto a stevia ou até pela parte da planta.
Vale mencionar, também, que você pode encontrar esse ingrediente por aí em alguns rótulos, tanto como glicosídeo de esteviol ou rebaudiosídeo de esteviol, que é o que possui melhor sabor e aceitabilidade.
Xilitol
Entre os tipos de adoçantes, o xilitol se parece bastante com o açúcar, tanto no visual quanto no sabor. Por isso, ele anda bem famosinho. Afinal, são essas as características que a gente quer encontrar num adoçante, né?
Ele encontra-se na fibra de cogumelos ou algumas frutas e vegetais, como milho, ameixa, framboesa…Seu gostinho agradável vem do fato de ele ser capaz de ativar os receptores de doçura na nossa língua, e seu poder edulcorante é igual ao da sacarose. Isso quer dizer que a quantidade numa receita é a mesma indicação para o açúcar, porém com 40% a menos de calorias, o que facilita bastante na hora das substituições.
Seu sabor residual pode ser refrescante, mas é muito sutil. E o mais curioso é que ele é anti-cariogênico. Ou seja, seu uso não provoca cáries e até protege os dentes, fazendo dele um aliado da saúde bucal. Quem diria, né?
Na Liv Up, o xilitol faz sucesso na nossa linha de doces sem açúcar. Já provou?
Eritritol
O eritritol é uma substância naturalmente encontrada nas frutas, mas o adoçante é feito a partir da fermentação da sacarose. Ele é bem parecido com o xilitol, tanto no sabor quanto na aplicação.
Comparado ao açúcar, por exemplo, seu perfil tem as mesmas similaridades, e ele também pode ser aquecido. Na verdade, o eritritol pode até mesmo ganhar uma aparência caramelizada e também não deixa nada de gosto residual.
Agora, diferentemente do xilitol, seu poder edulcorante equivale a 70% do açúcar. Isso significa que você deve colocar um pouco a mais na receita ao fazer essa substituição – que tal usar a boa e velha regra de 3 nessa conta? Ele também tende a causar menos desconfortos intestinais, é seguro para diabéticos e não possui calorias.
Monk Fruit
Ele vem da fruta do monge, uma espécie de melão com alto cultivo no sudeste da Ásia, onde o seu suco sofre um processo para ganhar forma de cristal. Tem poder dulçor de 250 vezes maior do que o açúcar de mesa, mas não conta com calorias e ainda tem o índice glicêmico baixo, sendo indicado para diabéticos.
O maior problema atual é que seu preço e acesso é um pouco mais difícil, mas nos Estados Unidos já é bem fácil de achar. Ah, vale olhar o rótulo, pois muitos deles são misturados – a mistura mais comum é a eritritol + monk fruit.
Principais tipos de adoçantes artificiais
Por outro lado, os tipos de adoçantes artificiais são aqueles que nascem em laboratório. Muitos deles estão no dia a dia de quem consome produtos diet, como doces e refrigerantes, pois são utilizados pela indústria com muita frequência. Veja se você conhece esses aqui, que são os mais comuns.
Aspartame
O aspartame nasceu em 1965 a partir de dois aminoácidos: o ácido aspártico e a fenilalanina. Ele adoça até 200 vezes mais que o açúcar e quase não tem sabor residual.
Ao contrário dos outros adoçantes citados até aqui, ele não pode ser levado ao fogo porque perde toda a sua doçura e libera ainda mais compostos tóxicos (metanol). Então você já sabe: essa não é uma boa opção pra receitas que devem ser aquecidas.
Ele também é bem polêmico: há anos ele vem sendo relacionado a dores de cabeça e até a problemas mais sérios, como alzheimer, parkinson, lupus. Mas os órgãos responsáveis pela saúde ao redor do mundo, baseados em estudos, atestam que ele é seguro. Por isso, está liberado em diversos países, porém com uma restrição para consumo, então vale pensar bem se vale a pena né
Sucralose
A sucralose é um adoçante químico feito em laboratório a partir de dois processos químicos, utilizando a sacarose como matéria prima inicial.
Esse edulcorante tem a doçura bem acentuada e nenhum sabor amargo, sendo um dos que mais se parecem com o açúcar, dentre os artificiais. E ele pode ser submetido a altas temperaturas sem mudar suas características, então é ótimo pra cozinhar!
Quer saber se ele é seguro? Segundo um parecer do Conselho Federal de Nutrição, tá tudo certo. Mas o próprio conselho ressalta: adoçantes artificiais em geral são indicados a quem tem necessidades clínicas específicas, e os limites de Ingestão Diária Aceitável devem ser respeitados, combinado?
A quantidade recomendada de sucralose é de 15mg por kg de peso. O seu excesso pode ter efeitos colaterais como náusea, dor de cabeça, problemas de concentração e falhas de memória.
Ciclamato de sódio
Sabe de onde ele vem? O ciclamato é um derivado de petróleo feito em laboratório! Curioso, né? Ele adoça 30 vezes mais que o açúcar e, em altas temperaturas, não sofre perdas, mas costuma deixar um sabor residual.
Geralmente, o ciclamato de sódio vai junto à sacarina, principalmente em bebidas dietéticas. Aliás, essa dupla é bem comum nos produtos diet e outros com restrição de açúcar. Já reparou?
Em 1959, a FDA o considerou seguro, porem em 1969, voltaram atrás e o retiraram dessa lista, já que algumas publicações sugerem que o composto não é totalmente eliminado pelo corpo e gera substâncias potencialmente cancerígenas.
Se você é adepto a esse tipo de adoçante, saiba que ele não é recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para hipertensos, devido ao seu teor de sódio. O mesmo vale para o próximo item dessa lista.
Sacarina sódica
A sacarina sódica é o adoçante mais antigo ainda em uso. Assim como o ciclamato, ela é extraída de derivados do petróleo, mas adoça 300 vezes mais do que o açúcar. Porém, ela tem um sabor amargo e metálico que não é muito agradável. Por esse motivo, segue em conjunto com o ciclamato pra reduzir o inconveniente. Outro fato é que, em altas temperaturas, não há prejuízo das suas propriedades.
Seu uso não é bom para hipertensos, crianças, gestantes e pessoas com problemas renais, insuficiência cardíaca, cálculos renais e problemas de densidade óssea.
Acessulfame-K
Se você lê os rótulos dos produtos, já deve ter visto esse edulcorante em várias listas de ingredientes, principalmente em confeitos, panificação, bebidas e derivados lácteos.
Seu uso é comum porque ele adoça cerca de 130 a 200 vezes mais que o açúcar, além de ainda potencializar o sabor e estimular ainda mais o paladar.. E mais: não existem evidências apontando risco no seu consumo, então ponto pra ele! Porém, vale ficar atento, já que normalmente ele vem associado ao ciclamato ou sacarina.
O Acessulfame-K é um sal de potássio produzido a partir de um ácido da família do vinagre, o que é bem esquisito, mas funciona!
Essa lista segue crescendo, com novas possibilidades surgindo o tempo todo devido à redução drástica no uso de açúcar que a gente vem observando por aí.
Cada edulcorante, seja ele novo ou popular, tem características próprias que determinam se são seguros a determinadas situações e até a pessoas específicas. E a questão aqui não é só a diferença no paladar, mas na reação do organismo de cada indivíduo. Então é bom buscar ajuda profissional na hora de eleger aquele que você vai consumir com mais frequência. Assim, dá pra curtir com mais tranquilidade cada mordida do seu doce preferido.
Conteúdo revisado por Vitoria FalcaoNutricionista pós-graduada em bioquímica clínica e nutrição esportiva, aprimorada em transtornos alimentares e especializada em dietoterapia chinesa, nutrição ayurvedica, alimentação vegetariana e vegana e alinhamento energético. |