Lixo zero: o que é e como adotar esse conceito

lixo zero

Você já parou para pensar na quantidade de lixo que produz diariamente? E, mais do que isso, já questionou se cada item colocado na lixeira é, de fato, descartável?

Nesse post, vamos abordar um conceito que pode transformar a realidade ambiental do mundo todo: o conceito Lixo Zero!  

O que é o conceito “Lixo Zero”?

Segundo o Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB), o conceito consiste no máximo aproveitamento, no correto encaminhamento dos resíduos recicláveis e orgânicos e a redução, ou mesmo o fim, do encaminhamento destes materiais para os aterros sanitários e/ou para a incineração.

Afinal, sabemos que muitos problemas ambientais ocorrem pelo descarte incorreto do lixo, entre eles:

  • Poluição do meio ambiente com vazamentos de líquidos e gases;
  • Contaminação dos lençóis freáticos e aquíferos;
  • Presença de ratos e moscas, com transmissão de doenças a partir desses animais;
  • Enchentes e alagamentos;
  • Deslizamento de encostas;
  • Aumento do número de incêndios causados pelos gases gerados pelo lixo em decomposição;
  • Prejuízo na paisagem e no bem-estar da população;

Por esses motivos, principalmente, o instituto Zero Waste International Alliance diz que Lixo Zero é:

“uma meta ética, econômica, eficiente e visionária para guiar as pessoas a mudar seus modos de vidas e práticas, de forma a incentivar os ciclos naturais sustentáveis, onde todos os materiais são projetados para permitir sua recuperação e uso pós-consumo.”

Por que esse conceito é tão útil?

Em suma, a prática do Lixo Zero não permite que ocorra a geração do lixo por meio da mistura de resíduos recicláveis, orgânicos e rejeitos.

Assim, com a gestão do projeto, os indivíduos e, consequentemente, todas as organizações das quais ele faz parte, passam a refletir e se tornam conscientes dos caminhos e finalidades de seus resíduos antes de descartá-los.

Mas, afinal, como adotar o conceito Lixo Zero no dia a dia?

O conceito Lixo Zero pode ser pensado a partir dos “quatro R’s”. Veja só:

Repensar e Reciclar

Acabe com a ideia de que resíduos são sujos e não descarte produtos recicláveis no lixo comum ou misture materiais que poderiam ser reciclados.

Faça o seguinte, comece a separar o lixo em três partes: reciclável, orgânicos que podem ir para a compostagem (“restos” de alimentos, por exemplo), e não-recicláveis que precisam ir para o aterro sanitário, como papel higiênico e fraldas descartáveis.

Depois disso, cheque se a empresa responsável pela coleta de resíduos da sua cidade faz coleta seletiva. Em caso negativo, busque por cooperativas e ecopontos, por exemplo. 

Reutilizar

Diversos objetos e materiais podem ser utilizados de outras maneiras antes de serem encaminhados para a reciclagem.

Possíveis exemplos:

  • No escritório ou em em casa procure usar a folha de papel dos dois lados;
  • Utilize embalagens de produtos alimentícios como utensílios de cozinha ou jardinagem (copos de requeijão e potes de sorvete, por exemplo);
  • Aproveite objetos que não cumprem mais sua função primária pra fabricação de artesanatos.

Reduzir

Em síntese, procure gerar o mínimo possível de “lixo” em todos os momentos do dia.

Possíveis exemplos:

  • Muitas receitas deliciosas podem ser preparadas com as cascas e os talos de frutas e verduras;
  • Os resíduos orgânicos podem passar por uma compostagem e virar adubo para hortas caseiras. É possível, aliás, comprar composteiras prontas ou construir a sua; 
  • Os copos descartáveis, por exemplo, podem ser facilmente dispensados. Basta guardar em sua bolsa ou mochila um copo para beber água ou o seu cafezinho em locais públicos;
  • Utilize ecobags ao fazer suas compras e deixe de lado as sacolinhas de plástico;
  • Prefira produtos que venham em embalagens de vidro, em vez de plástico e isopor;
  • Compre mais em feiras e a granel.

Curiosidades do nosso lixo de cada dia:

  1. Um estudo realizado em 2012, chamado “What a Waste”, descreveu que cada pessoa produz, em média, 1,2 kg de resíduos sólidos por dia, um valor altíssimo que preocupa autoridades do meio ambiente. Ainda, estimou-se que em 2025 esse valor vai aumentar para 1,4 kg/pessoa/dia.
  2. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, cada indivíduo gera, em média, 1,16 kg de resíduos por dia. Número bem próximo à média mundial. Também sabemos que quase 60% dos municípios brasileiros destinam seus resíduos sólidos para lugares impróprios. 
  3. Indivíduos que moram em regiões urbanas produzem cerca de duas vezes mais lixo do que residentes rurais. 
  4. As taxas de coleta de resíduos nas cidades do planeta variam de 41% em países de baixa renda a um máximo de 98% em países ricos.
  5. A cidade de São Francisco (Califórnia/EUA), é pioneira na gestão de resíduos sólidos. Em 2002 a Prefeitura da cidade estabeleceu uma meta de Lixo Zero e alcançou um recorde de 80% de taxa de desvio do aterro em 2010.
  6. Já Florianópolis, capital de Santa Catarina, é a cidade Lixo Zero pioneira no Brasil. A Prefeitura se comprometeu a recuperar 90% dos resíduos orgânicos e 60% dos recicláveis secos até o ano de 2030.

Então, agora que você já sabe bastante sobre o conceito Lixo Zero é hora de arregaçar as mangas e contribuir para o meio ambiente! Lembrando que as embalagens das porções e sacolas de entrega da Liv Up utilizam o plástico verde, derivado da cana de açúcar. Além disso, temos uma parceria com o selo EuReciclo que garante a reciclagem do equivalente a 100% do plástico que emitimos.

Referências bibliográficas:

Urban Development – What a Waste: A Global Review of Solid Waste Management, 2012.

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