Conheça a pizza napolitana e seus ingredientes originais

Um dos alimentos mais famosos e apreciados no mundo todo, a pizza napolitana tem história pra contar. Há quem diga que suas origens remontam ao Antigo Egito, outras teorias falam de influência chinesa. Mas o fato é que a pizza como conhecemos e amamos foi concebida por mãos italianas.
O que é pizza napolitana?
Já pensou num prato tão gostoso que acabou se tornando um patrimônio imaterial da Unesco? Esse é o caso da pizza napolitana, que ganhou o título em 2013. No entanto, a receita que conquistou tantos fãs por sua massa levemente elástica e bastante perfumada, pouco ingredientes e muito sabor, já fazia sucesso há alguns séculos, bem antes dessa honraria.
Há centenas de anos ela vem sendo preparada com ingredientes frescos e selecionados, o que proporciona uma experiência única à quem a consome. E o amor à verdadeira pizza napolitana é tão sério que em 1984 nasceu uma certificação que assegura a veracidade da pizza, e busca preservar a tradição original da cidade italiana. Inclusive, a Associazione Vera Pizza Napoletana (AVPN) estipula regras quanto ao tamanho, grau e qualidade do preparo.
Em suma, o pizzaiolo que quiser ter sua pizza certificada deve seguir um detalhado manual de instruções produzido pela AVPN. As diretrizes vão desde o pH da massa à temperatura do forno, mas não para por aí: existem também orientações sobre a aparência final, o aroma do manjericão e até mesmo a densidade de tomate e do queijo. Tudo isso, é claro, para assegurar um padrão de qualidade que justifica a fama e o sucesso dessa receita.
Como é um produto artesanal, pode haver pequenas diferenças entre as pizzas certificadas, mas a AVPN exige que:
- A massa deve ser feita utilizando somente os poucos ingredientes tradicionais: água, fermento e farinha italiana;
- O processo de fermentação deve ser de, no mínimo, oito horas, o que garante uma pizza mais leve e de fácil digestão;
- Mão na massa: a abertura em disco precisa ser exclusivamente com as mãos. Desse modo, o ar será empurrado para as bordas – que ficarão estufadas em contato com o calor do forno;
- O manuseio do tomate também segue a mesma regra. O tomate pelado deve ser homogeneizado com as mãos, pra que não fique denso. Já o tomate fresco, deve ser cortado em fatias. Por fim, o azeite extravirgem é colocado na pizza em movimento em espiral;
- Depois de assada em forno a lenha (há também legislação pra fornos a gás) entre 60 e 90 segundos, ela precisa ainda atender a alguns critérios. Entre eles, por exemplo, dobrar sobre si mesma com facilidade, ter bordas de cor dourada e parte inferior sem queimaduras. Também precisa ser circular, com diâmetro de no máximo 35 cm, ter massa macia e elástica;
- O sabor, por fim, entra na lista: a massa deve ter gostinho de pão bem fermentado, somado à acidez do tomate, à suavidade da muçarela e o leve amargo e picante do azeite extravirgem.
Deu até fome, não é? No Brasil, há 14 pizzarias certificadas distribuídas nos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, conforme a lista oficial do site da AVPN.
Mas, qual a diferença entre pizza marguerita e napolitana?
Não tem como falar de pizza napolitana sem lembrar dela, a marguerita ou margherita. Afinal, é a mais famosa dentre as pizzas napolitanas, e a sua popularidade também se dá por conta da lenda que envolve a sua criação e inspirou até títulos de livros, como “A Rainha Que Virou Pizza”.
Diz a história que, quando Margherita de Savioa, rainha da Itália, visitou a cidade de Nápoles em 1889, o pizzaiolo Raffaele Esposito criou uma pizza em homenagem à alteza. No prato que viria a ser consagrado, utilizou três ingredientes simples, com as cores da bandeira italiana: tomate, muçarela e manjericão. Os quais, até hoje, são símbolos da gastronomia do país.
A partir de então, a tradicional Pizzaria Brandi, onde Esposito era pizzaiolo, virou um patrimônio histórico de Nápoles, sendo o berço desse símbolo nacional. E o final dessa história é fácil de imaginar, certo? A pizza se popularizou e se oficializou como um disco de massa aberta, e cada vez menos como uma torta ou doce, como constava nos registros de receitas dos séculos anteriores.
Há também outros estudos que dão essa história como falsa, indicando a existência de uma pizza com esses mesmos ingredientes quase cem anos antes. Nessa dita receita original, o molho e o queijo eram dispostos formando um desenho que lembrava uma flor. Era chamada de “flor de margarida”, o que provavelmente pode ser a inspiração original para o nome conhecido até hoje.
Por fim, independente de qual seja a história verdadeira, a marguerita atravessou os séculos preservando seu sabor e fazendo o sucesso que a torna quase unânime pelo mundo todo.
Marguerita x pizza napolitana
Vale ressaltar que o selo de “pizza napolitana” compreende duas variedades: a marguerita (feita com muçarela, azeite, manjericão e molho de tomate) e a marinara (feita com alho, azeite, tomate e orégano).
Resumindo, nem toda pizza marguerita tem a certificação, portanto, nem toda marguerita é mesmo uma “tradicional napolitana”. E também, nem toda pizza certificadamente napolitana é marguerita, pois existe a versão marinara. Entendeu?

Com fome de pizza?
A pizza napolitana mostra que a comida vai muito além de ingredientes. É cultura, história, afeto e criatividade. E se você, como a Liv Up, acredita que sabor e saúde podem andar de mãos dadas, vai se apaixonar pelas deliciosas Pizza Brotto do nosso cardápio: sabor surreal 100% natural.
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