Por que comida saudável é mais cara?

comida saudável

O que será que impede as pessoas de seguirem uma boa alimentação? Será que é a falta de tempo ou será que comida saudável é realmente mais cara que produtos industrializados?

O assédio da indústria alimentícia, a praticidade, a variedade de sabores compostos por uma mistura de gordura, sal, açúcar e aromatizantes artificiais, e preços atrativos, fazem com que produtos industrializados e, até mesmo, sanduíches ou salgadinhos na rua sejam mais atrativos que uma alimentação saudável.

A ideia de que comida saudável é cara e que dá muito trabalho pra fazer é bastante comum entre as pessoas. Mas, a verdade é que isso não passa de crenças e falta de informação. E é sobre isso que vamos falar aqui.

Comida saudável é cara: mito ou verdade?

Mito. De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, embora ingredientes naturais, como verduras, legumes e frutas possam ter preço superior a produtos industrializados, o custo total de uma alimentação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados ainda assim é menor.

Faça as contas você mesmo. No mercado, o preço de 60g de salgadinho custa R$ 5,66, já o quilo da maçã custa R$5,99. Sendo assim, é possível sim comer bem e saudável por valores acessíveis, desde que haja planejamento e dedicação.

Mas nem sempre o fator determinante, na hora de escolher os alimentos é o dinheiro. Na maioria das vezes, os motivos estão associados a crenças que adquirimos ao longo da vida. Você deve estar se perguntando: “como assim?”. A gente explica.

De onde vem a ideia de que comida saudável é cara?

A principal razão pela qual a ideia de que comida saudável é cara vem da nossa cultura, da educação alimentar que aprendemos ao longo da vida e da resistência que nosso cérebro cria à mudanças de hábito.

A influência da mídia

A educação alimentar começa desde cedo e, muitas vezes, se não aprendemos logo a ter uma dieta balanceada, vai ser muito mais difícil, mais para frente, adquirir hábitos positivos. Hoje em dia, mais de dois terços dos comerciais que vemos na TV são de produtos industrializados – normalmente cheios de açúcar e/ou corantes – e destinados a jovens e crianças. O ruim disso é que fica ainda mais difícil oferecer porções mais equilibradas quando a expectativa é daquele doce bem doce.

Junta-se à isso a falta de tempo crônica que qualquer um que vive em cidade grande conhece bem. Para fugir disso e otimizar as horas do dia, pais e adultos acabam recorrendo ao que fica pronto de forma instantânea ou então ao velho e famoso delivery.

É ruim pedir delivery com frequência? Claro que não, só depende de qual prato será o escolhido. Mas, sabemos bem que ninguém resiste àquela pizza com queijo derretido ou ao hambúrguer com fritas em promoção. O problema disso é simples: gordura e falta de nutrientes essenciais.

Influência social e cultural

A cultura fast-food conquistou as pessoas no mundo inteiro vendendo a ideia de um estilo de vida urbano, prático, rápido e sem estresse. Para se ter uma noção, de acordo com pesquisa realizada pela Gallup, em 2013, nos Estados Unidos, pessoas com poderes aquisitivos menores consomem bem menos fast-food que pessoas com poder econômico maior.

Isso significa que você até pode ter a impressão de que comer em uma lanchonete é mais barato. Mas, se alimentar disso o ano inteiro não só deixa a desejar no quesito comida saudável, como você não se sente 100% satisfeito e ainda acaba gastando mais no fim da conta.

Influência dos alimentos em nossos processos cerebrais

Esse é um dos maiores motivos que nos levam a escolher um salgadinho ou batata frita ao invés de uma fruta, ou mesmo comer uma caixa de bombons inteira. Alimentos gordurosos e açucarados estimulam substâncias que afetam nosso sistema límbico, que funciona como um sensor de estímulos e recompensas, responsável pela sensação de prazer e controle de impulsos.

Essa alta estimulação que ocorre em nosso organismo acaba criando um vício que nos leva à compulsão e dependência. Outro fator neurológico, tão importante quanto o controle de impulsos, é a aprendizagem de novos hábitos. Nosso cérebro é econômico e, por isso, ele sempre vai nos conduzir ao que é rotineiro, familiar.

Mas, fique tranquilo: é possível sim passar a consumir uma comida saudável sem gastar muito.

Dicas de como comer saudável sem gastar muito

Agora que você já entendeu que alimentação saudável não é sinônimo de gastar muito dinheiro, e que você pode modificar seus hábitos e consumir alimentos mais nutritivos com um pouco de planejamento, vamos dar algumas dicas de vão facilitar sua rotina.

Prefira alimentos naturais: evite enlatados e produtos pré-cozidos. Ao comprar os alimentos in natura para preparar suas refeições, além de render muito mais e sair mais barato, você preservará o sabor e os nutrientes do alimento e não ingerirá conservantes. Mas fique atento às quantidades: comprar mais do que você irá consumir, vai acabar fazendo com que muitos produtos estraguem e você acabará perdendo dinheiro.

Procure por frutas e legumes da época: informe-se sobre a safra dos alimentos e sempre compre frutas e legumes da época que saem bem mais em conta e você pode congelar para usar depois.

Troque o fast-food por comida caseira: caso você não tenha tempo de preparar suas próprias refeições, não tem problema. Você pode comer em restaurantes self-service que vendem comida por quilo ou mesmo comprar refeições saudáveis prontas e congelar para consumir ao longo da semana.

Na Liv Up, por exemplo, você consegue montar suas refeições diárias com praticidade, comer comida saudável e melhorar seus hábitos alimentares, economizando tempo e dinheiro. Quer saber mais? Veja agora nosso cardápio.

Fontes:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília, 2014.

GALLUP. Fast Food Still Major Part of U.S. Diet.Well -Being. August, 2013

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