Qual a relação entre emoção e alimentação?
A alimentação, desde sempre, está relacionada a diversos fatores: sobrevivência, cultura, credos religiosos e, principalmente, às emoções. Momentos de angústia ou satisfação moldam o nosso prato, ainda que de forma inconsciente. E é por isso que, quando falamos de autocuidado, estamos falando do que digerimos, ou seja, da relação entre emoção e alimentação.
A amamentação, por exemplo, está associada a cuidado e afeto, uma memória feliz que, quando acionada, nos traz a sensação de saciedade. Ao longo da vida, também vamos criando outras memórias alimentares: um bolo preparado por um ente querido, o tempero especial de um restaurante da sua cidade ou aquele encontro de sexta com o pessoal do trabalho evocam momentos de prazer.
Porém, além dessas situações gostosas, existem períodos conturbados que podem impactar diretamente no que consumimos.
E como as emoções funcionam?
Essa animação curtinha esclarece bem como elas atuam e influenciam o nosso metabolismo e, consequentemente, nos faz refletir sobre a importância do equilíbrio entre emoção e alimentação. Acompanhe:
Corpo são. E a mente, como anda?
O Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros – ou seja, 9,3% da população – convivem com o transtorno, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Consequentemente, como uma das características do transtorno, o ansioso pode apresentar a tendência de consumir compulsivamente ou ter seu apetite reduzido drasticamente. O mesmo pode acontecer com uma pessoa que tem depressão.
Além disso, convivemos com as pressões sociais que impactam na imagem refletida no espelho: os transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, deixam ainda mais evidente a conexão entre emoção e alimentação.
Sabe aquela impressão de que o organismo está “pedindo” por algum alimento? É o seu corpo falando com você. E isso não é papo místico: estudos recentes já relacionam a vontade por carboidratos e glúten, por exemplo, como formas de conforto em situações incômodas.
O mesmo acontece com a repulsa a alguns ingredientes, que têm grandes chances de estarem ligados a memórias ou crenças negativas que, erroneamente, os associam a obesidade.
Então, ao montar seu prato do almoço, é importante lembrar-se que há mais do que o tradicional arroz e feijão em jogo: são as suas emoções escolhendo maneiras de equilibrar-se.
Alimentos que te ajudam a sentir emoções positivas
Já que nem sempre é possível escapar do turbilhão de desafios que a modernidade e a vida nos propõe, que tal complementar a dieta com alimentos acessíveis que, quando aliados a exercícios físicos e acompanhamento psicológico (tão necessário para o real autocuidado), podem dar aquele gás na rotina? Emoção e alimentação agradecem!
Confira algumas opções e seus benefícios:
- Mel: ajuda na produção da serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Duas colheres de sopa são suficientes.
- Ovos: fonte das vitaminas do complexo B, os ovos ajudam no bom humor. Mas, fique ligado: uma unidade por dia é o recomendado para ter os benefícios sem afetar o colesterol.
- Melancia, abacate, mamão, banana, tangerina e limão: estas frutas são ricas em triptofano, aminoácido que ajuda na produção de serotonina. É recomendado o consumo de três a cinco porções todos os dias. Que tal uma salada de frutas no lanche da tarde?
- Espinafre e acelga: repletos de magnésio, ajudam a acalmar os ansiosos ao desencadear a sensação de tranquilidade.
Dica para quem quer saber mais sobre emoção e alimentação
O canal Te Vejo, da jornalista Daiana Garbin, traz conteúdos interessantes para quem quer compreender melhor a relação das emoções com as compulsões, além de provocar reflexões sobre outros assuntos da mesma esfera. Comece pelo vídeo abaixo, que tem tudo a ver com este texto.
Agora que você compreende que emoção e alimentação andam juntas, torne este caminho mais prazeroso e coloque em prática o que aprendeu, tornando-se ainda mais consciente.
Lembre-se de consultar especialistas, tanto para melhorar a alimentação, quanto para ajudar no processo de autoconhecimento.